Por que NÃO levar um acompanhante para uma sessão de tatuagem
Bruna Alecrim • 19 de janeiro de 2021
Os riscos envolvidos pela presença de terceiros
Muita gente gosta de levar um amigo ou familiar para estar presente em sua sessão de tatuagem, seja com o pretexto de que a pessoa o acalma ou apenas para jogar conversa fora durante a sessão. Entretanto, a Vigilância Sanitária exige que na sala de procedimento só entre quem esteja diretamente envolvido no processo, ou seja, tatuador e cliente. O ambiente de um estúdio deve ser o mais controlado possível e uma pessoa sobressalente aumentará os riscos de contaminação cruzada ou da entrada de algum agente patológico indesejado.
Além dessa determinação, a interferência no processo também pode ser muito complicada. A decisão de fazer uma tatuagem é realmente séria e deve ser inteiramente do cliente. Opiniões podem confundir, gerar instabilidade no atendimento e interferir num ponto crucial: a relação de confiança entre profissional e cliente. O sucesso de uma tatuagem depende do profissional, do cliente e de como ambos irão materializar aquele projeto juntos. Ainda que bem intencionado, um acompanhante pode atravessar e colocar em cheque a credibilidade já estabelecida.
É preciso esclarecer que uma sessão de tatuagem não é um evento. E é compreensível a curiosidade sobre o funcionamento das coisas, além da vontade de compartilhar momentos especiais com pessoas importantes. Porém qualquer pessoa que realmente se importe com o cliente em questão não quer expor o mesmo a riscos desnecessários. E caso você esteja se preparando para fazer uma tatuagem e considere insistir para levar um acompanhante, fica a pergunta: você está seguro de sua decisão? Porque, se ela depende de um terceiro, talvez precise ser repensada e melhor elaborada. A tatuagem é sua e só você sabe o que quer para ela.
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